20-03-2025
Um novo estudo publicado pelo Projeto H:OUSE, com participação do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), revela que refugiados e migrantes enfrentam, em toda a Europa, obstáculos significativos no acesso a habitação estável. Conduzido em 6 países – Itália, Grécia, Irlanda, Portugal, Eslovénia e Hungria – o estudo identificou discriminação estrutural, obstáculos burocráticos, e acesso limitado à informação tal como desafios significativos. Com apenas cerca de 50% dos refugiados e migrantes, a nível mundial, a viverem em condições dignas de habitação, os resultados encontrados enfatizam a necessidade urgente de soluções efetivas.
“Todos deveríamos estar a trabalhar para que a habitação seja um direito!” [Aigul Hakimova, KD Gmajna and Infokolpa Initiative, Eslovénia]
Patrocínio Comunitário como solução
Desde Março de 2024, o Projeto H:OUSE trabalha para promover o direito à habitação dos migrantes ao dar suporte a iniciativas de patrocínio comunitário nos países participantes. Esta abordagem junta cidadãos locais, empresas, e organizações para ajudar os recém-chegados através de suporte prático e orientação.
Outras iniciativas têm vindo a mostrar que soluções lideradas pela comunidade podem fazer a diferença. Em Portugal, a organização ComUnidade garante alojamento e apoio a refugiados por pelo menos dois anos através do patrocínio comunitário. No Projeto Reconstruir, em Tadim, Braga, estão a ser construídas seis casas para famílias migrantes e refugiadas. E o projeto LAR, perto da Guarda, reabilitou quatro casas devolutas para acolher refugiados com o apoio da comunidade. Estes exemplos destacam o potencial do patrocínio comunitário para enfrentar os desafios de habitação.
O estudo pode ser consultado em: https://house-project.org/pt-pt/investigacao/.
Para mais informações, visite https://house-project.org ou contacte Sandra Mateus (sandra.mateus@iscte-iul.pt, house.amifportugal@gmail.com).